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  • Foto do escritorRose Campos

A hora de fazer atividade física é agora

Atualizado: 13 de jun. de 2020

Se você está pensando em começar ou voltar a praticar uma atividade física nem precisa pensar mais. Pode tratar de se mexer! Mas tomando alguns cuidados. Nesta entrevista com a fisioterapeuta Sabrina Rodrigues ela explica quais são os benefícios desta decisão para a sua saúde e qual a melhor forma de iniciar




Para ouvir o áudio da entrevista, clique em um dos links disponíveis no fim do texto.


Saúde SempreTodo mundo sabe que a atividade física no dia a dia é essencial para uma boa saúde. Mesmo assim, há um exército de inativos aí fora. Quais os principais prejuízos que o sedentarismo pode provocar? Em crianças e adolescentes; em adultos jovens e em pessoas maduras?


Sabrina Rodrigues – Sobre os principais prejuízos, para todo mundo é a diminuição dos hormônios que trazem bem-estar, endorfina, serotonina. Só por isso, a gente já pode ter uma sensação de tristeza, mal-estar. Não aguada, mas uma sensação que deixa a gente desconfortável. Pela falta de estímulo dos hormônios que nos trazem bem-estar. Isso para todo mundo, desde criança, jovem, adulto até o adulto mais velho. O segundo problema é que a gente começa a ter perdas relacionadas com a musculatura, perda de massa muscular. E, se isso começar a se esticar, as coisas vão se potencializando. Para as pessoas mais velhas a perda é mais rápida e começa assim que para a atividade física. Enquanto crianças e adolescentes têm uma perda menor. Por conta da idade e por terem uma vitalidade maior. O adulto jovem, além dos mais velhos, já começa a ter uma perda de massa muscular, que vai ocasionando dores, alguns pontos de fraqueza estratégicos, por exemplo, se você tem uma perda de massa muscular abdominal, ou em coxa, pode começar a ter problema de coluna. A perda da força abdominal faz com que reflita problemas na lombar, por exemplo. A perda de massa muscular nas coxas faz com que tenha dificuldade para abaixar, levantar. E a gente acaba dobrando a coluna pra frente. E também começa a refletir problemas na coluna. E assim por diante. A gente vai tendo prejuízos com a falta de exercícios. Sem contar as articulações, que começam a ficar mais rígidas, com a falta de movimento. Então, o sofá não é uma boa ideia neste momento.


A atividade deve ser leve e começar aos poucos, com uns 20 minutos de prática diária, e depois, gradativamente, ir aumentando esse tempo

Saúde SempreNa quarentena muitas pessoas esão se mostrando mais dispostas a descruzar os braços e iniciar uma atividade física, mesmo dentro de casa. Mas quais os cuidados que é preciso tomar quem está partindo do zero agora?


Sabrina RodriguesSabrina Rodrigues – Para quem está partindo do zero, minha sugestão é de caminhadas leves e curtas. Leve é no plano, sem ser subida, sem ser descida. Curta pode começar com uns 20 minutos e aos poucos ir aumentando, para 30, 40 minutos. Fazendo uma progressão fisiológica do tempo. Por que a caminhada? Porque caminhar faz parte da nossa vida praticamente desde que a gente nasce. Então, se respeitar uma caminhada no plano e respeitar o tempo, dificilmente vai ter uma lesão. Logicamente usando tênis, e num horário apropriado, pela manhã até umas 10h, 10h30 no máximo. E no fim da tarde, a partir de uma 16h, 16h30. Não pode andar no sol? Pode, mas a questão é que se a pessoa já tem alguma doença de base, pode ter problema em andar nesses horários mais quentes. Seria esta minha principal sugestão para quem está começando do zero. E alongamento? E comprar pesinhos? Eu não indico! Porque a chance de fazer errado e ter algum problema é muito grande. E, neste momento, ninguém está querendo ter algum problema e ir parar no hospital. Portanto, minha sugestão segura é uma caminhada leve.


Saúde SempreQuem já praticava algum exercício físico precisa se preocupar com quais tipos de adaptações antes de retomar a rotina?


Sabrina Rodrigues – Quem já praticava exercício, depende o tempo que ficou parado. Tem que ver se a pessoa fez caminhadas leves ou se ficou completamente parada. Neste caso, a retomada do exercício tem que ser gradativa. Senão, o risco de ter uma lesão é muito grande. Em qualquer região: coluna, joelho, quadril, parte muscular, parte articular, parte ligamentar... Então, a retomada tem que ser lenta, gradual, com paciência. Ninguém vai retomar de onde parou.

Saúde SempreDá para a família programar atividade física todos juntos? O que vale para um vale para todos ou é melhor personalizar o tipo de atividade? Mesmo se cada um tiver seu roteiro de ação, dá para propor algo juntos, para se divertir e estimular a atividade?

Sabrina Rodrigues – Olha, atividade física juntos, dependendo da idade, desde que não sejam idades muito extremas, com crianças muito pequenas e idodos muito velhos, acho que dá para envolver a família. E a primeira atividade que me vem à cabeça é andar de bicicleta. Além da caminhada. Acho que essas são as atividades que dão para fazer junto sem trazer ônus pra ninguém. Já sobre exercícios mais elaborados é preciso pensar melhor. E não tem como dizer, de antemão, se dá para toda a família fazer.


Saúde SempreAgora vamos falar dos benefícios. De maneira geral quais são os ganhos de se começar a praticar atividade física e qual a melhor frequência? Demora quanto tempo para se começar a ver os resultados?


Sabrina Rodrigues – Bom, os ganhos de se praticar uma atividade física são inúmeros. Você tem um melhor funcionamento hormonal, a balança hormonal se adéqua. Você tem músculos melhores, e uma melhora de todo o corpo, parte muscular, articular, ligamentar, tem um sono melhor, porque produz mais endorfina, serotonina, diminui os níveis de cortisol. Mas tudo com indicação, com profissionais que possam dar assistência para a pessoa que vai fazer a prática. Toda atividade física tem que ter uma correção, um tempo de duração, uma adequação para cada pessoa. Então, simplesmente fazer uma atividade física pode não ser a melhor opção se você está totalmente parado e se você não procurar um local e os profissionais adequados para isso. Toda atividade física faz bem sim, desde que bem orientada e bem adaptada para cada pessoa.



Escolha um dos aplicativos e clique no link para ouvir o podcast da entrevista:

Pocket Casts: https://bit.ly/3cUXnsD

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